O Brasil só avançará quando se livrar do Partido Português

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A história do Brasil, desde a independência, com pequenos períodos de exceção, é marcada pela formação de grandes coligações que acabam sendo inativas e corruptas, por precisarem ser muito grandes, para enfrentar um inimigo comum. Esse inimigo comum são forças anti-nacionais que existem desde antes da independência, quando receberam dos brasileiros o merecido apelido de – Partido Português! Elas nunca aceitaram esse nome, como até hoje usam várias outras siglas, mas é o nome que merecem.
O fato de não termos podido exterminar esse partido anti-nacional logo de início, caso raro entre os países que conquistaram a independência, tem nos custado caro até hoje. Acreditamos todos que, com a morte de Pedro I, o Partido Português estaria extinto como que por mágica. A estratégia recolonizadora era restaurar o trono do déspota luso, depois reunificar Brasil e Portugal. Morto Pedro I parecia natural que os recolonizadores desistissem por falta de possibilidades reais. Mas não foi assim!
Fato, hoje se nota, é que os recolonizadores nunca desistiram. Quando Lisboa se tornou claramente impossível como metrópole, eles se agarraram a London, e quando a Inglaterra também perdeu seu posto, adotaram Washington como nova metrópole de seus sonhos. Levantam em nossas ruas a repugnante bandeira imperial, símbolo de assassinatos, torturas e estupros em todo o mundo. Odeiam o Brasil, odeiam a Petrobrás, quando podem se mudam para Miami. Não são brasileiros de coração.
Se a recolonização do Brasil tem se mostrado uma tarefa para lá de difícil, e se décadas de esforços dos traidores são desfeitas com um movimento dos brasileiros, por outro lado a existência constante do Partido Português é um mal terrível, que tem atrapalhado o progresso brasileiro. Os brasileiros tem sido obrigados, quase o tempo todo, a se conformarem com o país não progredir. Para derrotar o Partido Português, que tem por trás de si o império (daí todas as TVs abertas, todas as revistas e jornais que vendem em bancas), formam-se coligações amplérrimas, com conservadores, com corruptos, com todo tipo de gente, e com tal pluralidade uma coligação não faz nada! Pior, ela acaba sendo recolonizadora, que é o que se faz cedendo à pressão do capital.
Ai está o fracasso petista dos últimos 13 anos como exemplo. Mas quem se lembra de diversos governos passados, e sobretudo quem estuda a história do país, nota que as coisas só estão se repetindo com o tempero da época. Mais um desgoverno corrupto e incapaz de medidas decentes. Nota que não estamos saindo do lugar. Não sairemos enquanto existir Partido Português com essa força de hoje. Até lá sempre assistiremos a população escolhendo o “menos ruim”.
A recolonização, desde o século XX, adotou a tática liberal, ou seja, entregar o domínio econômico do país ao estrangeiro para que daí os estrangeiros controlem a política. Em outras palavras, o imperialismo em seu formato atual, capitalista, para os recolonizadores é um sonho, um plano, um projeto. Fato é que têm executado esse projeto ao menos desde meados do século XX, e já somos meio colônia. Contudo, é muito difícil, como já se disse acima, realizar esse projeto, e os recolonizadores estão longe de estarem satisfeitos. Continuam e continuarão atuando, até serem completamente derrotados, ou até jogarem nossa bandeira nacional em museus.
Denunciar exaustivamente as forças traidoras da pátria, denunciar a estratégia econômica adotada para a recolonização, recuperar o sentimento nacional e latino-americanista, são tarefas indispensáveis para abrir caminho para o futuro. Destruir as forças anti-nacionais. Desmoralizá-las até o ridículo. Desmascarar seus chefes. Os melhores momentos da história do Brasil, os momentos de avanços, foram aqueles em que o Partido Português estava quase extinto. Quando essa força está muito abatida, por acabar de sofrer uma grande derrota ou por alguma outra característica do momento que a enfraqueça, acontecem avanços, reformas, regenerações, mas quando as forças anti-nacionais erguem outra vez a cabeça, é necessário buscar aliados entre os inimigos das reformas, dos avanços, das regenerações. Imagine-se então quando tivermos eliminado completamente essa força política, o quanto avançaremos!

Por exemplo, pensar em socialismo, quando no seio mesmo da pátria existe um grande e poderoso partido anti-nacional chega a ser cômico. Ou mesmo a luta contra o imperialismo, que sentido tem quando não se destrói as forças que dentro mesmo do país são mais que aliadas, amantes do imperialismo? Não se trata de uma questão de fase do capitalismo brasileiro, não se trata de fazer uma revolução nacional, visto que a nossa já vem sendo feita desde 1822, mas só e simplesmente de liquidar uma força política. Ou seja, é uma questão estratégica, um objetivo político que precisa ser cumprido antes dos outros para não os inviabilizar. Uma excrescência, que em quase todo lugar desaparece quando a independência é conquistada, aqui ainda precisa ser extirpada. No passado esses recolonizadores foram chamados de “pés-de-chumbo” ou “chumbeiros”. Nada mais apropriado quando o papel deles no Brasil é como o de uma âncora bem presa ao solo. O navio está pronto para zarpar, só falta “largar o ferro” no fundo do oceano.

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