EM NOVA ASSEMBLEIA, EDUCADORES PERMANECEM EM GREVE

Hoje no Maria Teresa (09/04/2014), os educadores votaram novamente pela manutenção da greve da categoria. Os professores, honrosamente, permaneceram em greve contrariando a tática divisionista da prefeitura!


Lembremos que os professores já estão derrotados nesta greve, uma vez que o prefeito contrariou promessa (e carta compromisso) da época da campanha eleitoral e não conseguiu manter a palavra de cumprir a lei do piso nacional. Os professores já haviam aceitado uma contra-proposta de incorporação de abono, somados com a porcentagem de defasagem dos dois últimos anos de mandato do atual prefeito o que foi, sem dúvida, uma derrota nesta batalha do legalismo e daqueles que defendem um salário digno para os professores.
A prefeitura tentou esvaziar a greve ao aceitar a proposta para os professores e deixou de fora os auxiliares em educação que, pasmem, recebem menos que o salário mínimo! Os professores deram lição de cidadania e consciência de classe ao manterem a greve juntamente com seus companheiros, os auxiliares em educação.
A tática do prefeito tem se valido da coerção posto que convocou uma reunião com os diretores e os pressionou dizendo que o Ministério Público investigaria se escolas estavam fechadas e se os pelegos não podiam trabalhar. O prefeito não acreditou na união da categoria, uma vez que a greve conta com surpreendente grande adesão dos educadores. Também o prefeito tem se valido do desgaste que é manter uma greve por tempo prolongado, com os próprios professores mostrando-se cansados com a luta que se arrasta e, pior ainda, sem visualizarem resultados nessa batalha.
O prefeito, como não conseguiu abafar o movimento grevista, partiu para a contra-informação espalhando falsos boatos sobre os acordos e as discussões e nas rádios acusou os professores procurando apoio dos pais, valendo-se de jogar uns contra os outros dentro da greve (sem contar que o prefeito tentou jogar Sind-UTE contra SindSERV, já que o último aceitou os primeiros acenos da prefeitura, na campanha salarial). O prefeito, burramente, acusou o sindicato de agir passivamente contra as administrações anteriores e buscar descontar as defasagens agora com o prefeito atual.
O que fica de concreto nessa greve como um avanço para os trabalhadores é que a continuação desta não se dá somente pela defesa do próprio salário, mas por algo mais valoroso, como a cumplicidade dos professores com os auxiliares da educação que, pasmem, recebem menos que o salário mínimo! O companheirismo tornou-se obrigação e vemos a elevação da consciência de categoria mesmo contra as grandes dificuldades de se manter e prolongar a greve!

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