Caiu a Presidente; agora é derrubar o monopólio!

Em São João Del Rei, as manifestações de junho também trouxeram conquistas para a cidade. Além da empresa de ônibus Presidente abaixar o valor da passagem, um processo na justiça que andava emperrado finalmente saiu e a sentença foi a exclusão da empresa do processo licitatório. O acúmulo de lutas da Frente de Luta pelo Transporte Público ajudou ao movimento ter uma organicidade e uma direção/reivindicação clara e objetiva: FORA PRESIDENTE!!!
As condições de corrupção e conchavo entre empresa e prefeitura, via vereador que era, ao mesmo tempo, legislador e gerente da empresa, inviabilizavam a discussão sobre o transporte. De fato, a viação Presidente caiu! Agora a Frente de Luta pelo Transporte Público enfrentará um grande desafio: discutir o transporte público em São João e apontar alternativas contra as forças do sistema capitalista monopolista que agirão fisiologicamente para se sustentarem. Anuncia-se um novo monopólio, aonde uma Presidente qualquer, galanteará o prefeito para conseguir seus fins. O sistema lutará para manter seus círculos. Está mais ou menos claro, entre a Frente de Luta pelo Transporte Público que não adiantará trocar 6 por meia dúzia e o caminho, um tanto consensual, é de que deveremos resistir a um novo monopólio!

Falta tornar consenso qual modelo de transporte apontaremos, mas sabemos qual nós não queremos. Se defenderemos a municipalização completa do transporte - o que defendo - ou se defenderemos licitações por linha, e que incluam micro-ônibus e vans da cidade para efetivar um novo modelo de transporte.

Mais importante que isso, será o caminho proposto para a luta: devemos exigir a criação de um conselho municipal de transporte que funcione de fato - por isso, discutir o estatuto do conselho será tarefa vital - e colocar lá dentro, representantes da Frente de Luta pelo Transporte Público. Estes farão o desenvolvimento das manifestações, organizando e cobrando as reivindicações e impondo conquistas concretas para a população sanjoanense. Além é claro, que adentrar nas instituições municipais causará novas manifestações, uma vez que o sistema enferrujado terá que mostrar seus reais motivos de não funcionamento. Atacaremos para conciliar manifestações de enfrentamento e realimentando-as com a tentativa de imprimir uma nova direção para a cidade.

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