Existem recursos para pagar bem os educadores, mas são desviados pelos governos estaduais

Somente as verbas do FUNDEB para 2012 chegam a 114 BILHÕES de reais, suficientes para distribuir R$ 3.000,00 por professor brasileiro, todo mês. Contudo, repassados pelo governo federal para os governos estaduais, ficam nossos professores recebendo R$ 600,00, que já está abaixo do salário mínimo de 2012.

Não poderia ser diferente, é a lógica. Os governos que temos, graças à constituição de 1988, são representantes somente do dinheiro, ou seja, em todos os governos estão bem representados os donos de escolas, muitas vezes nos cargos de secretários de educação !?!?! Ora, os interesses dos donos de escolas são contrários à educação pública e a que os professores tenham bons salários. Se os professores da rede pública passam a ganhar melhor, a rede particular também tem que pagar mais para manter seus professores, e a melhora da qualidade da educação pública tira alunos da rede particular.

Como não podemos contar, a médio prazo, com uma revolução que crie um sistema político em que as pessoas sejam mais importantes que o dinheiro, precisamos levantar duas bandeiras que apontam nesses sentido - o controle unificado de todos os recursos da educação nacional, tirando-os das mãos dos governadores e prefeitos, e o controle completo do sistema educacional pelos professores e estudantes, sem as patas dos políticos. 

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