Estudantes, professores e técnicos fazem ato unificado



Nessa Quinta-Feira, 25 de Agosto, São João del-Rei foi palco de uma manifestação unindo estudantes, professores e técnicos em defesa das Universidades públicas, ameaçadas pelo governo, quem diria, do PT.

Comentários

(1) Ato público unificado com o três segmentos da Universidade Federal de São João del-Rei

Ontem, 26 de agosto, foi realizado em São João del-rei um ato público em conjunto com os professores, os estudantes, os técnicos e a Central Sindical e Popular CONLUTAS para entregar uma carta aberta a população Sanjoanense que esclarece os motivos da mobilização dos trabalhadores docentes em educação e dos servidores públicos federais.

O ato foi pensado como uma manifestação na qual os três segmentos, docentes, técnicos e estudantes levassem suas pautas e materiais para esclarecer a população sobre o que está acontecendo na Universidade Federal de São João del-Rei, a greve dos servidores, as razões da paralização docente, a falta de democracia nas instâncias da universidade, a reivindicação por assistência estudantil...

O posicionamento dos estudantes

Os estudantes precisam discutir junto ao Diretório Central dos Estudantes a posição em relação a todas essas discussões e, na minha opinião, levantar a bandeira da assistência estudantil... Leia mais no blog do Diretório Central dos Estudantes da UFSJ (http://dcecebufsj.blogspot.com/2011/08/espera-por-assistencia-estudantil-na.html). Acho que devemos ser muito críticos em relação a uma greve docente que reivindique apenas salários, mas devemos apoiar se a mobilização tiver um caráter de discutir a educação de forma ampla, porque essas propostas impostas pelo governo tem um caráter claramente neoliberal, em consonância com a política de austeridade econômica e de corte de gastos sociais adotada pelo governo...

Precisamos considerar também que parte dos professores e o representante dos técnicos administrativos no Conselho Universitário apoiou vergonhosamente a intervenção da reitoria no movimento estudantil que ocorreu no primeiro semestre desse ano.
(2) Representantes docentes assinam acordo com o governo

Em reunião do Setor das IFES do ANDES-SN, realizada na última quinta-feira (25), a maioria dos representantes das seções sindicais presentes deliberou pela aprovação da proposta apresentada pelo governo no dia 19, conforme as decisões das assembleias de docentes realizadas em todo o país entre os dias 22 e 24 de agosto.

Leia a proposta limite apresentada pelo governo aos docentes aqui: ANDES - Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=4825).

Em reunião entre os membros do ANDES-SN e do PROIFES com representantes do Ministério do Planejamento, ocorrida na tarde de quinta-feira (25) em Brasília-DF, o movimento docente foi informado que o acordo apresentado no dia 19 não seria cumprido pelo governo.

Segundo os representantes do governo, teria havido uma compreensão imprecisa sobre a proposta do governo em relação à aplicação de 4% sobre a RT. Segundo o governo os 4% seriam aplicados somente sobre o Vencimento Básico, que manteria a incorporação da Gemas.

Os representantes do movimento docente recusaram-se a assinar o acordo apresentado (É importante observarmos que a discussão com o governo limita-se a questão salarial).

Última reunião com o governo

Após a recusa dos representantes ANDES-SN e do PROIFES em assinar a proposta, uma nova reunião ficou marcada para a tarde de sexta-feira (26), às 14 horas no MPOG.

Depois que o goveno voltou atrás novamente e estendeu a aplicação dos 4% também sobre a RT foi então assinado um acordo que, segundo o ANDES/SN, garante reivindicações históricas e possibilita a reestruturação da carreira docente.

O governo manteve a proposta limite apresentada no dia 19/8 que, apesar de ter repercussão financeira pequena para os professores, sinaliza a recuperação de perdas históricas da categoria, e, para o ANDES, representa um avanço estrutural importante no sentido do projeto de carreira defendido pelos docentes.

Mesmo reconhecendo que o acordo proposto não recupera a corrosão dos salários, os docentes decidiram pela assinatura do acordo emergencial com o governo, garantindo assim conquistas de reivindicações históricas da categoria, segundo o ANDES-SN.