Reação e Ação

Depois de 6 anos, enfim, levanta-se a bandeira que esperávamos por esse tempo todo, dada sua obviedade e poder demagógico, "Diretas Já" ! É isso que dá não ler Marx! Os caras fazem o favor de provocar nosso riso sendo provas vivas do que o barbudo escreveu no 18 Brumário, há mais de 150 anos, que na história as coisas até se repetem, sim, mas a primeira vez como tragédia e segunda como farsa. No caso brasileiro, a tragédia não foi lá essas coisas, foi mais uma decepção tremenda, de forma que a farsa também não é muito bem representada, só convence alguns diretores e uma parte minoritária dos seus próprios atores.

Que vejam bem todos os que, espalhados pelo país todo, compreendem que um Conselho de entidades de base é a única forma de organizar os movimentos universitário e secundarista de forma a crescerem livres de parasitas, mas têm medo enfrentar o fetiche das eleições diretas, sustentáculo da parasitagem! Foram necessários 6 anos, seis, para que se reunisse a coligação contra as entidades de base, o reitor a frente e alguns pré-candidatos petistas, e levantasse a bandeira das eleições diretas.

Eles trouxeram para São João os seus diretores da UNE, os assessores do deputado federal Reginaldo Lopes, militantes petistas de Santos Dumont, dois ônibus de estudantes de Sete Lagoas, que ainda não têm contato com o DCE e foram levados para barrar a porta da Reitoria, para impedir que os estudantes de São João del-Rei a ocupassem. Todo esse aparato sequer abalou o moral do estudantado, que impediu a votação no Conselho Universitário, e já está com suas assembléias gerais marcadas para decidir como devem ser as suas representações nesse órgão.

A reação retardada, 6 anos, gerou, como sempre, uma ação, e surgiu até uma organização para defender o poder das entidades de base, a Sociedade Defensora do Poder às Entidades de Base.

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