Pela segunda reunião seguida o presidente da Câmara dos vereadores de São João del-Rei, do PSDB, interrompe a sessão para brigar com manifestantes. Que descontrole! Pode-se notar no vídeo feito pelo Instituto Apoiar que o presidente tucano se indispôs antes com uma vereadora, o que parece ser aliás o seu hábito, pois na semana passada ele interrompeu outra vereadora, de forma que podemos dizer que uma Câmara em que metade são mulheres elegeu um homem para cortar as falas das mulheres!?!? Ele estava com dificuldades para falar, o que também parece descontrole.
Pode-se discordar da encenação feita pelo estudante conterrâneo, Petterson Ávila, mas isso é o menos importante de tudo que se aprende com esse vídeo. Deve-se notar que o próprio representante do PSDB afirmou que a polícia já estava "lá embaixo", ou seja, que já planejava acionar a polícia contra o público. O que será que ele pensa? Será que acha que pode legislar escondido do povo? A panelinha podia ter escolhido um vereador mais preparado entre a sua maioria garantida, menos suscetível a opiniões contrárias.
Falando em polícia, deve-se elogiar a atuação dos policiais que assistimos, que foram, como agora tem se tornado comum em São João del-Rei, educados, como deve ser na civilização. Eu já estava para escrever um artigo sobre uma abordagem da polícia militar que recebi com uns amigos em uma pracinha escura e suspeita, e na qual fomos todos muito bem tratados. Essa outra atuação exemplar da polícia militar mineira é digna de elogios, e aliás, precisa ser elogiada. Os policiais são funcionários públicos, e como tais devem ser premiados por seus méritos e punidos pelos seus erros. Se não elogiamos o que é certo ficam sem valor as acusações que já fizemos e que talvez tenhamos que fazer no futuro.
Notem, os policiais estavam claramente constrangidos de estarem ali se envolvendo em uma luta política. Eles são instruídos e sabem que esse é o papel que a polícia nunca deveria ter. O presidente da Câmara podia poupar os policiais dessas situações! Se ele não dá conta de aguentar os manifestantes, renuncie, mas não apele.
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