Fidel Castro está denunciando que OTAN planeja invadir a Líbia

As potências ocidentais não estão sabendo lidar com o Islã que se levanta. A inteligência cubana parece desconfiar que, sob desculpa de proteger os imigrantes que moram na Líbia, os EUA e seus subordinados, a OTAN, planeja de fato invadir a Líbia. Não seria estranho dado que estão fazendo enorme esforço anti-diplomático para iniciar outra guerra ou com o Irã ou com a Coréia do Norte, e a Líbia, mesmo antes dos distúrbios civis que agora vive, é menos preparada que qualquer desses dois. Ademais, como a Líbia está muito perto da Europa, com destaque para as bases militares do sul da Itália, atacá-la não exige muito tempo de preparo. Analisemos as possíveis consequências.

A desculpa fajuta, que os meios de comunicação imperiais já estão criando mesmo no Brasil, é perigosa. Se invadirem a Líbia será com a desculpa de proteger os imigrantes europeus e americanos naquele país. Só italianos são um milhão e meio! Ora, então os europeus e estadunidenses, que tratam tão mal os imigrantes, com destaque provenientes do Islã, agora vão invadir um país árabe para proteger... imigrantes? Que ironia! Então, quando o Islã for uma potência, quiçá uma federação democrática de países árabes e islâmicos, terá o direito de invadir a decadente Europa para proteger os imigrantes árabes???

O Islã, é visível, nunca mais será o mesmo! Está em curso uma revolução, e por meses acontecerão mudanças de regimes, idas e vindas, aumento e queda da repressão, em cada país de um jeito. Sabemos disso porque as revoluções são assim. As invasões estrangeiras no Afeganistão e no Iraque certamente foram um ingrediente que levou às explosões recentes, e conforme se percebe pelo estudo das revoluções do passado, uma invasão estrangeira agora, no curso da revolução, multiplicará a fúria revolucionária. Sempre existe também a possibilidade do envolvimento de diversos países em uma grande guerra mundial no vasto mundo árabe e muçulmano.

As potências ocidentais porém, em seu desespero, não podem ser prudentes. Precisam de uma guerra. Só o que conseguem cheirar é que se a revolução árabe está derrubando regimes submissos, ao menos também está prestes a derrubar regimes nacionalistas, ou seja, inimigos da OTAN e dos EUA, que só gostam dos submissos. Os serviços de inteligência ocidentais então fomentaram na oposição líbia o uso da violência, porque estão pouco se lixando para a vida do povo. Agora, estão estudando a possibilidade de uma invasão.

EUA e seus rabos vão acabar achando a guerra que tanto procuram. Os pacifistas de todo o mundo conseguem desarmar uma ou outra tentativa fazendo uma chuva de denúncias, com destaque para o comandante Fidel Castro, porta-voz dos cubanos, que tem conseguido constranger os EUA a adiar seus planos, ao revela-los em detalhes. Porém, é claro, não será possível impedir para sempre essa guerra tão preparada! Então nos perguntamos - É possível dominar pelas armas todo o Islã? 

Comentários

AF Sturt Silva disse…
Que rapaidez para solucinar a situação na Líbia.Não vi isso no Egito e nem Tunísia...
Revistacidadesol disse…
É bem possível mesmo. Eles adoram fazer isso quando o país está fraco, vide Ruanda.

Abs!
Em partes. Primeiro. Porque os EUA, e seus aliados, juntamente com essa imprensa internacional, NUNCA, em momento algum, se referia a esses governantes como ditadores? Fidel era ditador. Hugo Chaves, ditador, Armadinejad, ditador. Conclusão: ditadores são aqueles que não representam os interesses dos norte-americanos e de seus aliados políticos.
Segundo. Se um aliado político dos EUA caírem em maldição, serão amaldiçoados... ainda que timidamente o Obama os censure, perderão com certeza o apoio que tiveram durante décadas a fio.
Terceiro. É no mínimo nojento o papel da imprensa se dispõe a fazer.
Quarto. O fato de que esses países passam por intensas agitações políticas não significa que eles irão se democratizar. Existe a possibilidade de grupos radicais assumirem o poder.
Quinto. A Indonésia é o maior país islâmico hoje, com cerca de 160 milhões de muçulmanos. Não se situa no Oriente Médio e é uma democracia. Portanto, a religião não determina o regime político.