Item 12 - Democracia na CBF e nos esportes

Recentemente o Presidente Lula afirmou incorretamente que a CBF é uma organização privada. Que absurdo! Um Confederação nacional de um esporte, o esporte mais querido dos brasileiros, obviamente não pode ser tão privada quanto uma empresa familiar. Qualquer tipo de associação é, logicamente, pública, pois de seus membros. Ela é particular em relação ao governo, mas não deixa de ter obrigações e funções públicas.

É verdade que a CBF, e certamente outras organizações esportivas que recebem menos atenção, são usadas como empresas privadas, obedecem a interesses particulares, mas isso não é normal, como "entende" o presidente Lula, mas uma excrescência. A felicidade de milhões de torcedores é leiloada, é colocada em segundo plano diante de interesses mesquinhos de meia dúzia de cartolas.

A seleção brasileira de futebol, certamente, não é um time particular. É uma seleção de brasileiros que jogam representando a nação, como afirmam as próprias propagandas da CBF. Portanto, ou bem a CBF é pública e daí transparente e democrática (não faltam exemplos de democracia nas Federações e Confederações de diferentes esportes no mundo), ou se não ela deve deixar de controlar a seleção brasileira de futebol, que deveria nesse caso ser entregue a uma associação nacional de futebol democrática e transparente.

É óbvio que não se chegará a esse ponto, pois a pretensa privacidade da CBF é um absurdo. A democratização da CBF se estenderá às demais confederações esportivas naturalmente. Trata-se, diga-se de passagem, de uma bandeira de fácil conquista, embora enfrentando criminosos.

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