Justo é reestatizar a Embraer

Empresa criada com recursos públicos, quarta mais importante construtora de aviões do mundo, doada por FHC a capitalistas (por que privatização é um nome feio para roubo do patrimônio público), e desde então mantida ainda com dinheiro público, a Embraer está anunciando 4 mil demissões! Ou seja, tendo ganho a empresa já montada e mundialmente famosa e lucrado fábulas de dinheiro desde então, os novos donos, que não suaram uma gota para construir essa empresa, afirmam que não podem aguentar os anos da crise tendo um pouco de prejuízo para manter 4 mil famílias.

Ora, é para enfrentar a crise que mais precisamos manter empregos, e é também nos momentos de crise que descobrimos quem é aliado e quem é inimigo. Os atuais donos da Embraer, cuja propriedade pode até ser legal no papel mas não tem legitimidade nenhuma, estão se comportando como inimigos do povo brasileiro, pois nesse momento acabar com 4 mil postos de trabalho é atacar a economia brasileira. É então o momento de perguntar – Por que não reestatizar a Embraer?

Os trabalhadores, ameaçados com 4 mil demissões, por que não tomam o controle da empresa e convocam a população brasileira a se manifestar a favor da reestatização? Já existem, no Brasil, casos de empresas ocupadas pelos trabalhadores. Por que não a Embraer? Seria impossível organizar greves de solidariedade nas faculdades e na Petrobrás? O governo Lula reprimiria os trabalhadores um ano antes das eleições?

Comentários

Gilson disse…
Camaradas,
Como complementar a visão de um estatização como saída,com o nome “Praticar a crítica teórica” no blog “Que cem flores desabrochem! Que cem escolas rivalizem!” (http://cemflores.blogspot.com) comentamos a análise de Edmilson Costa sobre a crise econômica (“A crise mundial do capitalismo e as perspectivas dos trabalhadores”).
Nele tentamos combater, utilizando aquilo que entendemos sobre o marxismo, os desvios revisionistas sobre a crise, bem como, conjuntamente um afastamento do marxismo-leninismo.
Uma ilusão com o etado, afastamento dos conceitos marxista para inclusão de noções ideológicos da economia burguesa, uma visão reformista da saída da crise, etc.
Desejo suas críticas a esse texto. O título não é a toa: é a tentativa de uma crítica teórica, no sentido da busca de uma verdade que sempre é relativa.
Um grande e forte abraço,

Gilson