No Brasil, o PCB tem 87 anos, uma história com diferentes fases, que não cabe aqui. Mas em São João del Rei, a célula atual do PCB tem menos de dois anos, tendo sido fundada em Setembro de 2007.
Já escutamos uma vez a história de que o PCB chegou a existir em São João del Rei em meados do século XX, tendo sido dissolvido pelo golpe de 1º de Abril de 1964. Esse golpe resultou em uma ditadura fascista de vinte anos, que liquidou a nata da direção do PCB, além de infiltrar esse partido com seus policiais.
Quando terminou a ditadura, ainda foi necessário aos comunistas reconquistar o PCB, que estava sob direção de capitalistas, escolhidos a dedo pela ditadura para destruir o PCB por dentro (o termo técnico para esses criminosos é “provocadores”). Esse PCB degenerado, se existiu em São João del Rei, não deixou nenhum sinal.
Em 1991, os dirigentes capitalistas que aprisionavam o PCB resolveram terminar seu trabalho sujo, mudando o nome e o símbolo do partido. Contudo, para isso tiveram que tentar um golpe, permitir a não-filiados, e até a filiados a outros partidos terem voz e voto em um Congresso. Os comunistas então aproveitaram a chance de romper com essa direção, deixando-a ir para seu novo partido, o PPS, e recuperar o PCB para os comunistas. O PPS existe em São João del Rei há anos, quase sempre aliado ao PSDB, mas o PCB, como já dissemos, surgiu somente em 2007.
Isso não significa que os comunistas não se organizaram em São João del Rei antes de 2007. Existiu, desde 1999, uma minúscula célula do PC do B, reunindo os comunistas. Porém, o mesmo que aconteceu com o PCB entre as décadas de 1950 e 1980, ou seja, a queda nas mãos de capitalistas, está acontecendo com o PC do B desde os anos 1980 e acentuou-se durante o governo Lula. Em São João del Rei, essa degeneração descambou no escândalo de 2004, quando a direção estadual do PC do B decidiu que os comunistas de São João del Rei deveriam apoiar a aliança PSDB-PT, que resultou na pior administração que a cidade teve nas últimas décadas. Os comunistas são-joanenses se recusaram a tal submissão ao petismo, e romperam coletivamente com o PC do B. Depois, a presidente estadual do PC do B apareceu nos programas eleitorais do PSDB, e acabou entregando a sigla em São João para petistas.
Entre 2004 e 2007 houveram tentativas diversas dos comunistas de São João se reorganizarem, e por outro lado um movimento centrifugo, espalhando-se os antigos membros do PC do B e seus simpatizantes por siglas tão diversas quanto MR 8, PSOL, Refundação Comunista e PDT.
O que permitiu aos comunistas manterem alguma ligação, ampliarem-se e em 2007 reorganizarem seu núcleo no PCB foi uma inovação tática que inauguraram quando ainda estavam no PC do B, mas que já causava atritos internos que acabariam resultando no rompimento, se esse não tivesse sido apressado pela submissão do PC do B ao PT nas eleições de 2004. Os comunistas de São João del Rei fizeram autocrítica pela prática da esquerda brasileira de usar os movimentos sociais como trampolim eleitoral, fonte de recursos, sede, gráfica etc., ou para usar a gíria dos movimentos sociais, fizeram autocrítica do “aparelhismo”. Mesmo sem partido, continuaram unidos em torno da defesa de uma nova relação entre os comunistas e os movimentos sociais, ou seja, continuaram tendo uma política justa.
Não se trata de uma política de boas intenções, não se trata de uma questão de direção, nem de caráter ou de qualquer questão moral. O combate ao aparelhismo é o combate por substituir a democracia liberal pela democracia socialista nas organizações dos movimentos sociais. O que permite o “aparelhamento” de uma entidade é a existência de um tipo capitalista de democracia, que permite o controle dessa entidade por uns poucos. Ou seja, trata-se de arrancar o aparelhismo pela sua raiz.
Em 2007, ao criarem o PCB na cidade, o primeiro ponto que os comunista de São João esclareceram com a direção estadual foi que essa nova tática seria mantida e defendida obstinadamente nos fóruns estaduais e nacionais do Partido. Hoje, embora não exista ainda uma unidade dentro do PCB nacional em torno da nova tática para os movimentos sociais, há uma boa aceitação da mesma.
Em 2008, o PCB participou das eleições municipais elaborando o programa de João Bosco, do PSOL, e como não foi possível, por questões burocráticas, lançar um candidato a vereador (estava escolhido Abiatar David Machado), apoiaram Rafael Sedov, do PSTU.
O PCB está crescendo, e já é hoje muito maior do que chegou a ser o PC do B. A nova tática para os movimentos sociais afastou do PCB os carreiristas, tornou o Partido respeitado pelos militantes e por todos que o observam atentamente.
Com essa nova tática, o PCB não pode usar o dinheiro dos DCEs e Sindicatos, nem seus telefones, nem “liberar” seus militantes, nem usar a imagem e os jornais dessas entidades para promoverem sua sigla e seus candidatos. Mas pela primeira vez, nada disso está nos fazendo falta! Pela primeira vez temos uma célula ativa e crescente, dois blogs na Internet (um do PCB e outro da UJC), membros compondo as direções estaduais do PCB e da UJC, estamos editando livros e panfletos.
Já escutamos uma vez a história de que o PCB chegou a existir em São João del Rei em meados do século XX, tendo sido dissolvido pelo golpe de 1º de Abril de 1964. Esse golpe resultou em uma ditadura fascista de vinte anos, que liquidou a nata da direção do PCB, além de infiltrar esse partido com seus policiais.
Quando terminou a ditadura, ainda foi necessário aos comunistas reconquistar o PCB, que estava sob direção de capitalistas, escolhidos a dedo pela ditadura para destruir o PCB por dentro (o termo técnico para esses criminosos é “provocadores”). Esse PCB degenerado, se existiu em São João del Rei, não deixou nenhum sinal.
Em 1991, os dirigentes capitalistas que aprisionavam o PCB resolveram terminar seu trabalho sujo, mudando o nome e o símbolo do partido. Contudo, para isso tiveram que tentar um golpe, permitir a não-filiados, e até a filiados a outros partidos terem voz e voto em um Congresso. Os comunistas então aproveitaram a chance de romper com essa direção, deixando-a ir para seu novo partido, o PPS, e recuperar o PCB para os comunistas. O PPS existe em São João del Rei há anos, quase sempre aliado ao PSDB, mas o PCB, como já dissemos, surgiu somente em 2007.
Isso não significa que os comunistas não se organizaram em São João del Rei antes de 2007. Existiu, desde 1999, uma minúscula célula do PC do B, reunindo os comunistas. Porém, o mesmo que aconteceu com o PCB entre as décadas de 1950 e 1980, ou seja, a queda nas mãos de capitalistas, está acontecendo com o PC do B desde os anos 1980 e acentuou-se durante o governo Lula. Em São João del Rei, essa degeneração descambou no escândalo de 2004, quando a direção estadual do PC do B decidiu que os comunistas de São João del Rei deveriam apoiar a aliança PSDB-PT, que resultou na pior administração que a cidade teve nas últimas décadas. Os comunistas são-joanenses se recusaram a tal submissão ao petismo, e romperam coletivamente com o PC do B. Depois, a presidente estadual do PC do B apareceu nos programas eleitorais do PSDB, e acabou entregando a sigla em São João para petistas.
Entre 2004 e 2007 houveram tentativas diversas dos comunistas de São João se reorganizarem, e por outro lado um movimento centrifugo, espalhando-se os antigos membros do PC do B e seus simpatizantes por siglas tão diversas quanto MR 8, PSOL, Refundação Comunista e PDT.
O que permitiu aos comunistas manterem alguma ligação, ampliarem-se e em 2007 reorganizarem seu núcleo no PCB foi uma inovação tática que inauguraram quando ainda estavam no PC do B, mas que já causava atritos internos que acabariam resultando no rompimento, se esse não tivesse sido apressado pela submissão do PC do B ao PT nas eleições de 2004. Os comunistas de São João del Rei fizeram autocrítica pela prática da esquerda brasileira de usar os movimentos sociais como trampolim eleitoral, fonte de recursos, sede, gráfica etc., ou para usar a gíria dos movimentos sociais, fizeram autocrítica do “aparelhismo”. Mesmo sem partido, continuaram unidos em torno da defesa de uma nova relação entre os comunistas e os movimentos sociais, ou seja, continuaram tendo uma política justa.
Não se trata de uma política de boas intenções, não se trata de uma questão de direção, nem de caráter ou de qualquer questão moral. O combate ao aparelhismo é o combate por substituir a democracia liberal pela democracia socialista nas organizações dos movimentos sociais. O que permite o “aparelhamento” de uma entidade é a existência de um tipo capitalista de democracia, que permite o controle dessa entidade por uns poucos. Ou seja, trata-se de arrancar o aparelhismo pela sua raiz.
Em 2007, ao criarem o PCB na cidade, o primeiro ponto que os comunista de São João esclareceram com a direção estadual foi que essa nova tática seria mantida e defendida obstinadamente nos fóruns estaduais e nacionais do Partido. Hoje, embora não exista ainda uma unidade dentro do PCB nacional em torno da nova tática para os movimentos sociais, há uma boa aceitação da mesma.
Em 2008, o PCB participou das eleições municipais elaborando o programa de João Bosco, do PSOL, e como não foi possível, por questões burocráticas, lançar um candidato a vereador (estava escolhido Abiatar David Machado), apoiaram Rafael Sedov, do PSTU.
O PCB está crescendo, e já é hoje muito maior do que chegou a ser o PC do B. A nova tática para os movimentos sociais afastou do PCB os carreiristas, tornou o Partido respeitado pelos militantes e por todos que o observam atentamente.
Com essa nova tática, o PCB não pode usar o dinheiro dos DCEs e Sindicatos, nem seus telefones, nem “liberar” seus militantes, nem usar a imagem e os jornais dessas entidades para promoverem sua sigla e seus candidatos. Mas pela primeira vez, nada disso está nos fazendo falta! Pela primeira vez temos uma célula ativa e crescente, dois blogs na Internet (um do PCB e outro da UJC), membros compondo as direções estaduais do PCB e da UJC, estamos editando livros e panfletos.
Comentários
Saudações revolucinárias camaradas!
Viva ao Partidão!
Nas últimas eleições o pcb-são joão del rei fez uma aliança com partidos marxistas(pstu e psol) de causa parecida para disputar as eleições municipais.
Emquando isso o pc do b continuou sendo "pau mandado" de dirigentes capitalitas e seguiu apoiando a aliança psdb-pt,que foi derrotada pelo populista Nivaldo.
Só isso , basta para vermos quem é o partido que defende os "direitos" dos trabalhadores em São João Del Rei.
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